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Mostrando postagens de agosto, 2011

Marshal viveu por um segundo.

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- Eu digo "não", e você diz, "sim, sim", dois sim para cada não que eu digo. Ah, não. Você é tão meu, Marshal. Tão meu você é. Nós andamos pela casa, ao amanhecer, e tocamos nos móveis, com medo de tropecar. Mas você, não, Marshal. Eu apago as luzes, e você não grita. Eu tiro a tomada do rádio, e você não grita. Eu queimo suas palavras com o ferro quente, e você se cala. E você me ama, Marshal. E me ama tanto, tanto, que eu quase não suporto. Cantamos bem bonito de madrugada, bem alto, porque eu canto, e você me acompanha. Eu frito ovos, você suja a cozinha. E eu te amo enquanto você suja tudo, enquanto destrói o tapete com molho branco, enquanto quebra as garrafas de vinho mais velhas que o meu avô. Eu te amo, Marshal. Eu te amo tanto e tão profundamente, tão grande, tão doloroso, Marshal. E repito teu nome, letra por letra, Ême-A-Érre-Ésse-Agá-A-Éle. Oh, Marshal. Você é tão meu, e eu sou tão sua. E somos tão nossos. Eu choro, você ri. Eu rio, você chora. Eu te bat

Burn.

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Olhou para a esquerda, estava lá. Prateado, da festa rosa, disseram que era lembrança. Era um coração de mesa, murchinho. A lembrança estava murchando. Perdeu o brilho. Foi à cozinha - a bunda doía, sentada há horas na mesma posição - enrolada no lençol verde, lendo. Olhou pra cima, encostou as mãos no fogão. Queimou. Continuou queimando. Ela sentia, queimava, e ela não tirava. Deixa queimar. Deixa que queime e que se perca a mão. Gritavam, "sua mão pega fogo, saia daí!". Ela ouvia. Queimava. Doía. O bumbum dormente, as mãos queimando, o coração totalmente sozinho. Tem coisa que não muda. Doía. Parada, séria, compenetrada, boca fechada, dentes guardados, olhos abertos - nem tanto. O fogo - que não era azul, mas amarelo - a destruía quase inteira. Deveria queimar só as mãos, mas invadiu. Queimavam suas pelúcias, suas bonecas, sua maquiagem, o telefone que nem sabia mais o que era gancho, o tapete fora do lugar, o quadro mais para a direita do que para a esquerda, as fotos. Fog

Mar ia.

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Maria deitou-se. Rezou. Não adiantou. Naquela agonia toda, Maria se levantou. Foi correndo até o quarto e pensou, "se meu nome não fosse Maria...". Se meu nome não fosse Maria, eu desejaria ser Maria. Como sou, não desejo. Foi ao primeiro quarto. Voltou. Na janela não tinha nada, nadinha. Nem árvore tinha. Triste, pobrezinha, pobre da Maria. Susurrou sozinha, "se na janela tivesse algo, teria...". Pegou um céu azul no quarto da direita: colocou. Pegou pitanga na sala: botou. Pegou gente, rua, casa azul: foi. Olhou. Olhou. Olhou. Cansou. Foi pra cozinha. Pão, mortadela, arroz... O que Maria queria? Não sabia. Pobre Maria, pobrezinha. Olhou na varanda. Sem graça. Calçou o pé esquerdo - tirou. Primeiro o direito. O dia já havia começado - meia noite e vinte. Estrela no céu não tinha. Nem céu tinha. Inventou. Pegou céu, fez poema e amou. Olha, Maria, Maria morrendo amando. Maria queria amar bem muito, de verdade, sem "apesar". Queria sofrer - sem querer -, viv

Mais um filme que não é só mais um.

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Hoje assisti Um Homem Sério (A Serious Man) . O filme se passa na década de 60. Larry Gopnik é judeu e professor de física em uma universidade. Sua esposa quer o divórcio, para casar-se com seu melhor amigo. E ele é que precisa se mudar para um motel pequeno. Sua filha planeja uma plástica no nariz, o filho usa marijuana, o irmão estranho e problemático está morando em sua casa, um aluno não aceita ser reprovado e oferece suborno - o qual ele não aceita -, o dinheiro acaba antes do mês, enfim... Tudo dá errado na vida de Larry. Ele procura rabinos, amigos, pergunta-se o tempo todo "por que isto está acontecendo comigo?" e tenta encontrar sentido na vida. O filme é totalmente nonsense e me fez rir bem alto. Mas não é uma comédia-sem-cérebro, cujo único intuito é fazer sorrir. Nem mesmo é uma comédia. Ele começa sem que se entenda e termina da mesma forma. Gostei muito, porque, além de engraçado, passa uma total sensação de caos - como eu acho que a vida seja. No

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Como é que se começa um texto? Ou tentativa de texto. Às vezes eu me dou conta de que não sou boa em redações. Eu sei usar a pontuação, escrevo graficamente bem - apesar de ter a letra horrível -, mas não sei organizar minhas idéias tão confusas e absolutas. Uso umas palavras sem sentido no contexto, como "absoluta". Mais cedo eu tive vontade de escrever. Assim, não é bem vontade, surgem palavras na cabeça e, mesmo que a gente não queira, a gente escreve. Mesmo que fique uma bosta. Eu tenho muita preguiça de me controlar, até quando escrevo. Acho controle chato mesmo, nem tevê eu vejo. Outras vezes me pergunto, "será que todo mundo pensa?". De miojo pra biologia, pra peixe, pra sétima série, pra rosa, pra o quinto dos infernos. Sei lá. Antes eu me perguntava uns troços, quem fez deus, se amor existe, qual a diferença entre ele e a paixão, blábláblá. De repente, sem perguntas. Às vezes me acho boba. Às vezes finjo que não. Às vezes eu não sei se todo mundo sente, nem

Da praia ao trilho.

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Sentia o vento batendo entre quatro paredes grandes e imaginou estar na praia. Criou as mesinhas com palha, ouviu o vendedor de sorvetes chucalhando. "José Renato Monteiro Lobato (...). Mudou de nome (trocou o Renato por Bento) para aproveitar uma bengala herdada do pai, na qual estavam gravadas as iniciais JBML." Queria trocar de nome, era isso. Cansada de Célia, do rosto da Célia, do corpo da Célia, do cabelo, das unhas, dos quadris, do intervalo de tempo entre uma piscada e outra da Célia. Tinha que escolher um nome novo. Qual? Lembrou da tartaruga triste que teve, fez uma saia para ela, conversava - jurava que tartaruga entendia -, deu nome. Mas ela gostava mesmo de morar atrás do sofá. Se achou única por ter um bicho que morava atrás do sofá. Mas Manuel Bandeira teve um porquinho da índia que morava embaixo do fogão. Original, não. Continuou lendo, mas cansou. Será que parando no texto pela metade, ela cortava o futuro? Ou o futuro era aquilo mesmo? Sabe lá. Lá que nem c

Céu Chão.

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Minha cabeça pergunta a si mesma, "O que passa aqui dentro?". Ela não responde. Eu me impressiono com o quanto meus pensamentos mudam. Estou em pânico, mas fico tão bem. Todo mundo fala, todo mundo acalma, eu tomo remédio, eu durmo, eu como, eu deito. Nada adianta: continuo pirada. Aqui moram umas paranóias. E crescem tão rápido, se tornam moças e rapazes, não cortam mais as unhas, não dão satisfações, ficam gigantes sem pedir licença. Às vezes, escorrem pelos meus olhos, tão inquietas que tremo, batem rápido no meu coração, agitam minhas pupilas, me enfiam umas idéias desvairadas. Não sei o que ocorre, que, vez ou outra, saem daqui. Fico tão quieta, tão minha, tão Bossa Nova. A paz me fura - sim, fura - e me adormece. E vôo, vôo, e meu vestido voa, e meu cabelo voa, e elas dormem, e me deixam. De súbito, a felicidade me invade toda, o mundo é tão lindo, as pessoas ganham brilho nos olhos - porque os meus cintilam também -, a vida é tão fantástica, as coisas, a gente, o tudo

O quadrado.

Ocorre agora a lembrança daqueles quadrados malditos: os gabaritos. Lembrei das provas que já fiz e da sensação que tinha ao chegar no último quadrado a ser pintado. Eu entrava em pânico. Minha mão na caneta, a tinta pintando o tal do quadrado, eu nem acreditava. O prédio explodia, a sala pegava fogo, as pessoas corriam, eu lembrava do que havia jantado, pensava em dormir quando chegasse - e eu nem sabia se iria chegar -, meu ouvido todo girava em tropofonia, "uou uou uou" sem parar dentro da gente, eu tremia, minha mão tremia, a caneta tremia. Tremer em todos os tempos. Eu estava no jardim. Aquele jardim tão meu, quase sem grama. De repente era eu grande e pequena, e eu ainda me perguntava se havia crescido, diminuído. "Vida é confusa" falava uma voz feminina no meu ouvido esquerdo. Eu me olhei no jardim. Eu, assim, usando jeans nos anos 2000, olhava pra mim em mil novecentos e alguma coisa. 2000 era todo azul brilhante, um céu cheio de estrela, três zeros limpos e

Como se fosse Marlene.

Corria toda florida, olha só, toda florida Marlene corria. Às vezes, achava que não existia, que não era ela. Eu lembro de você revirando aquelas fotos no Sábado, fingindo que não era você, que era outra. Eu estava aí dentro da sua cabecinha, o tempo inteiro, não é? Olha pra teu lado e vê o espaço que eu deixei. Você tá toda esburacada, Marlene, presta atenção. Faz algo certo nessa tua vida, deixa ela azul, sei lá. Já sei! Vai pra o mar, pra fazer jus ao teu nome. Que tal? Você naquele sol bonito. Mas eu te conheço, estragaria tudo com teu bom humor. Então, faz assim: lê. Já pensou em ler? Ver filmes, não sei. Alguma coisa que preencha esse oco aí de dentro. Mas não me mete nele de novo, certo? É apertado, é confuso ficar na sua cabeça. Eu nem cobro lembrar do seu primeiro aniversário, o primeiro brinquedo, a primeira roupa. Você nem precisa saber o que comeu hoje, juro. Você nem precisa saber se todo mundo tem a mesma natureza que a sua, se todo mundo se dói, nem o que quer ser no pró

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Às vezes a gente não dorme direito. Às vezes a gente não pensa direito. Às vezes a gente não sente direito, não come direito, não vive direito. Tem um zumbido no meu ouvido que não me deixa em paz, sou eu sozinha. Eu acho que não estou bem, verdadeiramente falando. Minha cabeça dói. Às vezes não se tem fome, é por isso que a gente não come. Às vezes a gente não tem sono, é por isso que a gente não dorme. Dentro de mim tem um troço ruim, ruim demais, ninguém sabe. Eu me arrepio de tanto que dói. Eu queria pedir por socorro, mas ninguém ouve - mentira: eu não me permito gritar.

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Às vezes você muda. E dói tanto, tanto, que se torna infinito. Eu queria ter vontade de sair, de estudar, de várias coisas. Mas não tenho tido. Acho descabido falar estas coisas aqui, mas é aqui que eu falo como me sinto, mesmo. Só quero que isso passe e que eu volte a ser a mesma de novo, que não doa mais. Eu não sei como você está, no que pensa, o que tem feito, eu nem mesmo sei direito quem você é. Eu quero que você esteja bem - e eu também. As coisas tem parecido sem saída, mas eu sei que tem. Em algum lugar, sei lá como, onde, quando, mas eu sei que tem. E eu vou esperar até achar. Sei que vou ficar bem de novo, demore o quanto for.

Tem.

Sei lá, tem coisa que acontece com você e te deixa diferente. Sabe? É uma coisa esquisita. É uma sensação de irrealidade mesmo, não sei dizer direito. Meio que sai um pedaço seu, é coisa confusa. Eu já disse tantas vezes que me sinto flutuando, mas agora é algo mais. Acho que eu sonhei e não me acordaram ainda. Será que eu vou acordar do mesmo jeito que fui dormir, algum dia? Talvez isso seja impossível. Tem você em todo lugar. Tem você em todo pensamento, todo livro, filme, tem você vinte e quatro horas do meu dia. Mas você, sabe, você não existe. Tem você nas músicas, nos desenhos, quando me maquio, quando pinto as unhas. Só não tem você quando acordo de manhã, quando deito, quando abro os olhos - de verdade. Não tem você na minha mão, nem no meu cheiro, nem no meu travesseiro. Não tem você no meu ouvido, nem tocando os meus pés com os seus.

Um resumo do que ficou.

Hoje eu me peguei pensando "como eu tenho sorte", com toda a ironia contida em uma só frase. Mas agora, lembrando de tudo que aconteceu neste ano, eu fiquei feliz. Sabe assim, quando você simplesmente fica feliz? Sim, existiram lá as fases chatas. Quando eu me senti ansiosa e minhas mãos viraram água, quando eu acordava cedinho com a cabeça agoniada, quando eu tive raiva e joguei travesseiros na parede... Mas houve um tanto muito bom. Eu aprendi o que é prosélito, eurítmico e anacrústico. Eu vi um mapa de Londres e soube que é possível se perder lá, soube da foto da Amy num bar, que a Grécia é branca e azul, que uma turca e um brasileiro podem conversar em francês, que Nouvelle Vague é ótima, que os Louboutins tem o solado vermelho, que Haldol é um remédio, que um antidepressivo não funciona quando tomado errado, que se pode ser louco e doente por alguém, que uma criança pode dançar com um adulto e isso ser lindo, que às vezes as pessoas mentem porque a verdade dói, não por r

O que está aqui dentro.

Eu não sou um personagem, as coisas doem de verdade. Eu poderia me criar de várias formas, ser o meu deus. Uma de mim seria atéia, outra seria santa, outra seria um bicho. E eu daria um nome a cada uma. Mas eu não sou um personagem. E, mesmo quando finjo, sou eu fingindo. Eu. Tudo se resume a mim, da dor, da vitória e do fracasso, tudo o que vivo sou eu que vivo. E, se dói, é em mim que dói. Que saudade que eu tenho. Como dói ser real e amar de verdade aquilo que não existe, de fato. Não, você não sabe do que eu estou falando. Cada lágrima que desce dos meus olhos, em direção ao chão, é real. Eu toco na lágrima, e ela toca a minha mão, e tudo isso é de verdade. Eu tenho um corpo de carne e osso, eu tenho olhos e cílios, boca, dentes, eu sou uma pessoa. Eu dizia que flutuava, e você dizia que eu existia, e eu sabia disso, mas eu queria não saber. E agora eu só queria que tudo isso passasse. É uma dor centralizada em algum lugar de mim, que eu não sei qual é, mas é saudade que me fere. E

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Às vezes é muito perigoso ter esperança. Quando ela acaba, você já não sabe mais o que se tornou. A sua cabeça virou nó. Sabe, a gente não pode viver em carnaval, ter medo de tirar as fantasias. O externo não mostra como está o interno. Eu não quero ficar congelada de novo. Tive tantas epifanias, tantos choros, tantas maravilhas e tristezas, dois mil e onze está sendo oito ou oitenta. Eu, que sempre gostei de oito, ainda não me acostumei. Sou eu voltando para a realidade. Não quero me sentir assim, de novo, nunca mais. Eu fechei a porta. "Nunca" é palavra forte, mas a gente precisa dela. Eu quero paz, paz mesmo, que meus pensamentos fiquem calmos e que eu possa ser feliz um pouquinho. Eu não vou para onde estava indo, nem quero continuar onde estava antes disso tudo, eu quero um lugar novo. E é pra lá que eu vou. Eis o ponto: .

Corria.

Eu corria e tropeçava nos próprios pés, me faltava ar e eu nem mesmo sabia pra onde corria, vê, eu nem mesmo sabia. Mas não importava, não interessa, corre pra qualquer lugar bem longe que tenha vida. Perdi as botas, merda! Que botas? Bota que é bota não se perde. Bota que é bota gruda no pé. Mas como pode a gente saber que felicidade está no norte, e ir para o sul? É teimosia, e teimosia não tem direção. Natureza me fez e me fez teimosa. Se eu fosse planta, era planta que esbarram e volta pro mesmo lugar. Mas nem planta eu sou, nem raiz eu tenho, nem fruto, nem nada. Preste muita atenção no que te digo: voe, e voe bem alto. Mais nada, que eu não sou profeta. Mais nada, que eu não sou santa. Mais nada, que eu já disse tudo. Olha, às vezes, a gente fica meio doente. Não se engane com essas maçãs tão calmas, que veneno está nelas e destrói tudo, tudo tudo que vem pela frente. A gente é meio doente, às vezes. Essas coisas todas que puxam e sugam a gente pelas veias e aspiram todo o nosso

Um monte bem pequeno.

Alguém dizia que a vida é muito esquisita. E eu não discordava. Não por educação, elegância ou falta de coragem. Eu não discordava mesmo. Há um oco bem no fundo, quando você bate na madeira pensando que há muito dentro, mas não tem nada. E, por incrível que pareça, o tal do oco pode doer. Oco que é branco e indisciplinado. Vem e vai quando quer, não controle, não fuja. É ridículo demais observar que você realmente acha a vida meio sem graça - meio: o pior de tudo. Cadê a outra metade? -, quando ainda não se viveu quase nada. A vida é esquisita, e eu concordo. Hoje eu li Assis. Ele dizia que outro poeta dizia que o menino é pai do homem. Isso foi epifânico pra mim. O menino veio antes e tudo o que você já sabe, mas seria ele capaz de cuidar daquele homem todo contido, com cinto em cintura, abotoado e sapatos sociais? Aquele menino bobão e medroso, que não atravessa a rua sem uma mão na sua. Aquele que acha mesmo os cheiros tão bonitos e, por vezes, tão reais, seria mesmo ele capaz de cu

Pupila.

Há coisas que doem e só isso. Eu queria escrever, mas juro que não sei como dizer o quanto dói. Às vezes estagna, o líquido para de correr. Não que cesse, não que ajude, não que doa menos. Tudo é estranho, e eu me dou conta do quanto as coisas perderam o sentido na minha vida. Quer dizer, de como elas nunca tiveram muito sentido. Na física, um vetor tem módulo, sentido e direção - não lembro se tem mais alguma coisa, não sou ótima em física, mesmo. A minha vida está desgovernada, compreende? Sem módulo, sem sentido e sem direção. Anda-se para frente, sabe-se disso, sente-se isso. Mas quem disse que na frente está o melhor? Eu queria tanta coisa. Eu queria tanto o que eu sempre imaginei. As coisas estão cada vez mais dúbias, como se minha pupila estivesse dilatada, e eu não enxergasse nada direito, cambaleasse pelo caminho. Colocar a fantasia é bom. Tirá-la dói. Foi assim que eu guardei, "dói". Ninguém sabe. E eu finjo que não sei. É ver um fantasma, olhar pra ele