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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Infinitamente.

Eu não queria parecer essa doida que eu sou. Queria passar a imagem da menina mais séria, que também sou, afinal. Ser várias é complicado, pois nenhuma delas marca hora pra chegar. Vão chegando, e chegando, e vou acomodando todo mundo aqui dentro de mim, e me acumulo, e me confundo, e sou feliz. Porque, com vocês, eu me sinto tão livre que não há medo. Não há medo, você leu isso? Não há. O amor ocupa todos os espaços. Se planejássemos, nossa amizade não seria tão bonita. Eu que sempre quis ser mais, tentei me reduzir a uma só. Não posso. Sou várias, S O U. Sou sol. Sou sol só. E sou só várias. Não é crime, e se fosse eu estaria presa. E daí? Sou feliz e triste, esperançosa e pessimista, eu sou tantas, tantas, que até canso às vezes. Olhe, se alguém me quiser, será como sou: muitas. E não mudarei por nada disso, não. Eu sei sorrir e chorar ao mesmo tempo. Meu bem, se gostar, será assim: com todas as cláusulas aceitas e com todas as versões de mim, também.

Incontrolável.

- É, assim que minha mente é: incontrolável. Como eu odeio isso! Só penso em você. - Poupe-me dessas mentiras. Dai-me paciência. Então, ao mudar de canal, pensa em mim? Ao conectar a televisão à tomada, pensa em mim? Ao pisar em bosta de cachorro na rua, você pensa em mim? - Penso. - Jura? E o que pensa? - Penso que seria mais divertido pisar em bosta de cachorro, com você ao lado. Por que você riria de mim, e eu riria pelo mesmo motivo. Não ficaria gritando "que merda", usando meu pleonasmo no meio da rua, às 12:30 de um sábado. - Você improvisa bem. - Eu sei. - Olha, vou te confessar uma coisa: toda vez que desligávamos o telefone, eu me perguntava por que você me envolvia tanto, e o porquê de não querer que a ligação houvesse terminado, e fui criando tantos "porquês" que comecei a duvidar de tudo: eis o que sou hoje. - Por quê? - Não brinque comigo. Sou quieta, mas sei ser infernal. - Demonstre. - O que faria se eu te beijasse agora? Gritaria "

Adeus, tome um sorriso!

Eu tinha toda uma imagem de você. Não sua, de você. Era muito bonita, muito bela, muito muito muito. Cheia de defeitos, sempre foi, mas era linda. Era a equação "Eu + Você = Nós". E o resultado era mais bonito do que só "eu", ou só "você". E, de certa forma, "nós" era muito mais "eu". Enganei-me ao desequilibrar, porque era 90% de "eu" e 10% de "você". E, desses 10%, só 4% era seu. O resto tirava de mim, da minha mente apaixonadamente fantasiosa. E eu me sentia "nós" toda vez que te via. Sabia que nós, realmente, nunca seria equilibrado, mas adorava imaginar que poderia. Olhar para você era olhar para um espelho. Por isso, nunca te vi de verdade e, se me perguntarem, não conheço. Não conheço mesmo. Nunca vi. Só me vejo, em tudo que faço, é um egocentrismo desgraçado. Todo mundo deve ser assim também, e acho isso porque me vejo em todo mundo. O maldito egoísmo novamente. Não te culpo, sabe, você não é como e

Belisque.

Sabe, queria muito amor. Amor, amor amor, repetido três vezes, sem parar: amoramoramor. Parece que nunca vivo, não vivo: observo. E vou passando por mim, e passando, e olhando, e sorrindo, e tudo vai correndo ao meu redor. E você vai ficando aí, todo parado, sem jeito, me olhando assim. Ah, se eu soubesse ser quem sou, seria muito mais fácil! Eu com você, você comigo, e lá iríamos nós pra qualquer lugar distante, que houvesse passarinhos. Pare, pare! Não me diga o que fazer. Faço o que quero, como gosto. Quero tocar, abraçar, sentir, cheirar, beijar você, seja lá quem você for. Ah, me diga assim, o que é que você quer, que eu dou. Eu me dou toda em seus abraços colados, apertados, tocando sua mão na minha, aquela que pegou na caneta e tanto escreveu chorando flores naquele maldito verão ensolarado. Não sei o que digo, estou louca. Louca demais pra ter nexo. Ando feliz, sabe... Mas meio torta. Não sei bem dizer, mas ando alienada, fugindo de mim. Mas feliz. E se assim estou, que se dane