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Pensamentos soltos

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Que dor perder um pensamento. Gosto tanto do mundo e das pessoas, que sinto que sou todas ao mesmo tempo e, quando um pensamento se vai, uma parte de alguma pessoa de mim vai embora também. Que dor partir. Que dor chegar com a sensação de estar indo embora (ou de que tudo foi embora antes de si). Mas partir também é chegar: “a partir de agora”, só falarei do que interessa: dos fatos concretos, dos lugares em que a concretude se constrói. Os lugares têm história: eu sorria ali um dia desses, e agora minha vontade é de chorar. Mas, antes da minha história, há a história da história do lugar, e ela me afeta sem querer, mesmo que eu não a conheça. O vaso vitoriano me dá paz. E quero comprar camafeus e echarpes verdes e me sentir o vaso. O vaso vive em mim, e eu não carrego flores. Eu não sei carregar flores, não tenho a doçura da imagem, nem a fortaleza da terra. Tenho só o pranto iluminado que cai do céu e frutifica. Meus frutos são estes. Estes invisíveis e sem nome, inúteis. Mas fr