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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Duas letras e uma palavra.

Não me peça muito, sou chata e, às vezes, contraditória. Dizem que sou louca. Não gosto de rotina, nem de horários, não planejo. Amo a liberdade: pássaros são bonitos voando alto, para onde querem. E voltando, quando criam o próprio lar. Prezo a fidelidade, lealdade e muitos outros "ade". Esteja comigo por gostar de mim, não por obrigação. Não espero um final feliz, nem triste, mas quero um caminho bom. Quando estou certa, não ache que te procurarei. Sou orgulhosa, mas sei me desculpar ao estar errada. Deixo a vida seguir seu ritmo, mesmo quando nenhuma música toca. E tenho minha trilha sonora. Sinto-me ótima ao ver sorrisos, gengivas sinceras. Procuro resumir, mas falo demais. Penso muito antes de decidir, mas, quase sempre, falo tudo o que acho. Não me chame para blocos, que eu detesto carnaval. Gosto muito de lugares mais calmos, com pessoas que gosto. Sou um pouco falsa, não há quem não seja, mas procuro ser o mínimo possível. Em geral, se não gostar de você, não fingirei

Abraços.

Como se, de repente, a gente só precisasse de um abraço. Mais nada. Um abraço verdadeiro que durasse a vida inteira. Segurando, apoiando, não te deixando cair. Uma respiração baixinha no seu ouvido, te dizendo apenas "gosto muito de você", sinceramente. Não peço promessas, nem beijos, nem a eternidade. Eu peço seus braços nos meus, nem mesmo sua vida na minha. Aliás, nem peço. Mas sei que não vens, nem que vais: pois só pode voltar aquele que já foi. E tu sempre estivestes parado. Não cobro, nem imploro, nem imponho. Eu sorrio e espero que você entenda. Que você entenda que seu abraço é, muitas vezes, muito mais necessário. Que você entenda que eu não sou sempre forte, ou sequer forte, e por dentro do aço, há manteiga. Que entenda que eu não peço nada: demonstro. Ajo mais do que falo, e falo muito. Sorrio mais do que elogio. Tudo isso, somente, e tão somente, esperando apenas seu retorno, expresso docemente na mais linda forma. Cole seus braços nos meus, não tema.

Blá Blá Blue.

- Ah, o cheiro lilás daquela época, e teus olhos eram azuis. - Falou olhando pra cima, quando o sol deixava os seus da mesma cor. - Eram não. - Claro que eram. - Sim, eram, mas continuam sendo. - E tua alma era branca. - Era? - Era. - E agora? - Não sei. Prefiro acreditar que ainda seja branca, da cor da tua pele. - Você mudou. - Todo mundo muda. Você mudou? - O que acha? Todo dia é dia de mudar, e a gente muda nem que seja um centímetro. O vento faz a gente mudar, o ar, esse espaço que há entre dois telefones, duas portas, dois olhos, dois sentimentos... - Você ficou mais brega. - E você mais sensível. - E você mais irônico. - E nós dois mais eu. - Talvez. Como se a gente tivesse tido tempo pra pensar alguma coisa diferente de "morangos ingênuos". - Você anda bebendo, não é? Tá toda alienada, esses teus olhos não me enganam. - Meus olhos não enganam ninguém, sóbrios ou não. São seus olhos, meu bem. - Cadê aquele teu livro rosa? - Deve estar na estante, emb