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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Restos

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Morro a cada minuto Junto ao mundo inteiro e  Sua solidão precária Ouço o barulho da rua que não Me diz nada, nada Numa noite tão sozinha e escura Como todas as noites de um ano Sei que um dia morrerei de vez E poucos restará do que já Resta de mim Sou sempre um resto esfarelado No sofá como um pão coitado Mal comido em frente à TV da sala Quando a cabeça não faz nada e Canta a música do programa do sábado Ou ri das pegadinhas vulgares de Um dia todo inútil Morrerei junto aos homens que se julgam Vivos ao ponto de matarem outros Morrerei junto às mulheres mortas pelos homens E pelas próprias mulheres que Se matam por um só coração e um só Perdão ou elogio depois do almoço Morrerei no alvoroço das lutas diárias Das correrias, das multidões, dos medos que Me fazem pagar uma analista Morrerei na dor da solidão eterna Perene como uma barata que parece não Morrer nunca Mas só matar os outros De medo De nojo Do pudor de se igualar ao esgoto de onde Todos vieram E para onde todos vão No f