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Mostrando postagens de março, 2014

Os saberes da perda ou a viagem da essência

E aquilo que eu via nos teus olhos, Pra onde foi? Sei que em algum lugar está guardado, Em forma de essência pura, De amor, que era a tua essência. E, por mais que essa falta seja dura, Eu sei que a tua vida não é corpo, Nem olhos, nem ossos, Mas é o mundo inteiro E anda por aí, A me esperar em algum lugar só nosso. Eu quase posso me perder em tristeza Ficar amargurada, achando que sumiste, Mas sei, mesmo tão triste, que teu sumiço Não anula a existência Porque o que vejo nunca é tão bonito Quanto o que imagino Se tudo foi por um belo destino, Me obrigo a ser feliz pela tua ida Mesmo que tenha te tirado a vida.