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Interrogatório

(poema de 2015) Quem sou eu quando acordo Quem sou eu quando levanto Quem sou eu quando o desespero me Atormenta dos pés à cabeça e fomenta Cada minúsculo espaço do meu corpo Nu? À beira da cama me perco Como se jogada na areia do mar Em destroços de um barco qualquer No meio do nada Só me encontro quando fecho os Olhos e me encho toda de interesses Para a morte Em direção à falta de luz eterna Que os amantes mais devotos do Universo buscam quando a foice lhes Tira o bem amado Mas não me movo por amor Mas por carícias e vontades Passageiras e mais rápidas que um Trem-bala japonês Que sem fronteiras se guia por Qualquer pulsão estranha Que não sabe o que é amor Nem que trepidação atinge um ser Quando ele ama Nem que arrepios dão na espinha até Dos invertebrados Nem que brilho nos olhos Nem que corações tristes Nem que pedaços quebrados do espelho Refletem a inexatidão de ser o que se é Sozinho no mundo Nem toda