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Poema (des)alinhado

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Ando sempre à margem De todas as margens do Planeta - Parágrafo mal começado Desplanejado Meio de página que se Quebra na ênclise forçada Das redações contemporâneas Ainda acredito na informalidade dos Amores E no pedido de "me queira por favor" sem constrangimentos da moça De chapéu que escrevia cartas no século 30 Em meio à velocidade do tempo Sem tempo que não existe e corre Tanto que não deixa Rastros, Me rendo aos espaços sem fim: À folha em branco que tanto Podia ter sido E não foi; Ao envelope solitário, Não respondido, Inútil; À caneta cheia de dores Da força de quem a tortura; E ainda às teclas Que sofrem nas mãos dos Dedos calejados e vazios Que tudo começam e tudo Terminam num só padrão: O da seriedade Ainda acho também que o sofrimento das Vidas todas será sempre igual Em todas as épocas Visível ou invisível nos papéis Enviados ou guardados a Oito chaves Sempre Sempre Em todos os lugares do universo Alguém ainda