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Mostrando postagens de maio, 2018

O outro

Sentir E ser o outro E entrar no outro como Se adentra a carne Mais profunda de todas as Espécies Sentir E ser o lodo E averiguar esgotos como Se fossem eternos E a eternidade suplicasse por Carícias E apegos E juventudes E ainda assim gritasse E de joelhos Em catarse Olhasse em si a Imensidão do outro E assim o fosse E assim o amasse E assim morresse como Quem jamais viveu um dia Senão na própria morte E assim partisse E assim sentisse E fosse o outro E fosse o lodo E fosse a vida E a melodia calada das Noites e ruas E os postes apagados E as buzinas quebradas E as crianças nascendo E a vida A vida E a vinda viesse sempre Sem jamais chegar Que a hora de ir embora é Nunca mais E nunca mais é agora Quando os planetas Adormecidos Gritam sonâmbulos que A dor de partir é A mesma de chegar E assim tudo é vivo Tudo é único E uno E eterno E sobrevive a terremotos E cata-ventos ambulante