Amélia

Meu amor,
A tudo aturo
Sem reclamar,
Não digo "não"
E lambo o chão que
O teu pé
Há de pisar

Levo a tua dor
E o teu desprezo
Nessas feridas
Que tu não cansas
De me causar

Guardo meu choro,
E ainda busco
O teu afeto
E os teus sinais:
São obscuros,
Ou mesmo roxos,
E, em meu rosto,
São imortais.

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